Em 2022, além de todas as angústias vividas pós covid e no primeiro semestre as incertezas com a chegada da Ômicron, vivemos o ano eleitoral no Brasil e não há dúvidas de que o tema saúde esteve no centro dos debates das campanhas eleitorais e as mudanças necessárias para promover um sistema de saúde mais integrado, sustentável e que viabilize o acesso qualificado à população brasileira.
O Sistema de Saúde Pública necessita, urgentemente, definir estratégias para amenizar os problemas causados pelo aumento de custos na saúde, superar a carência dos serviços públicos do setor e buscar aumento da qualidade e eficiência.
A demanda por políticas públicas vem apresentando um incremento que exige reformulações profundas nas formas de organização e de gestão para se adaptarem aos novos desafios sociais.
Para viabilizar a implantação de iniciativas nesse sentido, faz-se necessária uma nova mentalidade que reconheça que os desafios enfrentados pelo SUS e Saúde Suplementar não podem ser resolvidos a partir de uma única vertente.
Esses desafios devem ser solucionados com o esforço conjunto de toda a sociedade. Isso buscando o desenvolvimento de uma atuação planejada e compensatória que garanta a necessária universalização do atendimento e da qualidade dos serviços prestados à população.
A transformação e realização de parcerias público-privadas e como os processos podem ser mais efetivos. As relações e as boas experiências praticadas na adoção de PPPs na gestão de saúde têm avançado e qual garantia da sustentabilidade política, econômica, científica e tecnológica do SUS que sirvam de base para os gestores públicos são alguns dos desafios e reflexões que trouxemos nos inúmeros eventos que realizamos esse ano.
Foi preciso trazer clareza de como atuar com essa forte pressão para conter as despesas e trazer receitas e mais entrega de valor em saúde para a sociedade e claro como a gestão, áreas técnicas, assistenciais e operacionais entendem a complexidade de sermos mais resolutivos com eficiência para melhoria nos processos, tornar o setor mais sustentável e que o paciente consiga entender e experienciar essas mudanças e importância.
Todos sabemos que a prevenção é realmente o que pode diferenciar a qualidade de vida do cidadão, das empresas e da sociedade, já existem bons exemplos bem sucedidos de boas práticas nesse sentido.
A tragédia da pandemia trouxe desigualdade e castigou cidades. Na economia, basta dizer que a inflação e os juros altos castigam os brasileiros. Foi um ano bem difícil e muitas vezes angustiante e onde encontrar forças para seguir?
Esperança é o que precisamos manter no meio de tantas incertezas, econômicas, políticas, polêmicas, calamidades e tragédias vividas nesses últimos dois anos, precisamos acreditar na ciência nos gestores e profissionais de Saúde que tem se superado a cada dia buscando alternativas e trabalho cooperado na transformação de boas práticas no setor.
Entrega de mais valor em saúde, colocar o paciente no centro do cuidado integrado, promover a melhor experiência para o paciente e desafiar todos os dias a gestão com recursos limitados realmente não é tarefa fácil.
Mas é admirável saber que temos profissionais que se dedicam no aprimoramento, na educação continua, na ciência e aprendizado para construir pontes, fortalecer as relações entre todos os gestores, médicos, assistenciais e operacionais para o bem comum e transformar o setor de saúde mais sustentável.
Que 2023 traga novos ensinamentos e que possamos juntos construir um melhor cenário na saúde pública e privada para todos.
Tania Machado.
CEO da TM Jobs.